Este mês, estou dedicando ao desenvolvimento de algumas peças em papel machê, ou Papier Máchê.
A reutilização de papel usado para fazer novas peças artesanais para utensílio ou arte decorativa.
Preparei uma massa dentro do liquidificador:
Água
Papel rasgado e molhado
Cola, então bati tudo e comecei a usar!
1 – espalhei para formar uma folha
2 – peguei um molde de flandres (de fazer vela) e preenchi para formar um vaso floreira
Fazer isto me deu uma sensação boa de não ter jogado tanto papel fora, mas também, tive um outro alívio por não estar lendo este material novamente, pois não queria mais estes escritos comigo… a gente lembra que guarda muita coisa sem precisar, especialmente revistas, cadernos e até jornais periódicos…
A parte mais demorada é a espera da “peça” secar. Se for uma peça mais grossa, é capaz até de deformar, antes de ficar completamente seca.
Pesquisando na internet, achei este artigo bem interessante, contando de onde surgiu o papel machê, inclusive a origem do papel, uma invenção chinesa, pela explicação deste artigo:
IMBROISI, Margaret; MARTINS, Simone. Empapelamento ou Papel Machк. Histуria das Artes, 2022. Disponнvel em: <https://www.historiadasartes.com/sala-dos-professores/empapelamento-ou-papel-mache/>. Acesso em 16 Mar 2022.
Este próximo artigo já enfatiza a importância de não aumentar o consumo de “papel limpo”, se posso assim chamar, pois que impressos estão aos montes sendo descartados todos os dias.
https://www.acessa.com/mulher/arquivo/artesanato/2011/04/20-mache/
De qualquer forma, o papel machê é o papel picado, triturado, amassado e misturado com cola branca, que faz uma massa fácil para modelar, podendo ser utilizada dentro de moldes ou elaborados como escultura, novas folhas, vasos, pratos, etc… Depois de secos, permitem pintura e envernizamento, dando uma consistência mais resistente, uma vez que o verniz protege da umidade.
Pensando em uma passagem bíblica, lembrei daquela que fala do Senhor Jesus sendo esmagado por causa das nossas transgressões e pecados:
Isaias 53
Interessante que eu descobri, fazendo estes estudos, é que, de alguma forma, a arte também prega a Obra de Deus, o Amor de Jesus. Se pegamos o setor de escultura, lembramos da formação do primeiro homem, a escultura de Deus sobre o barro, soprando sobre o mesmo o seu espirito e este se transformou em alma vivente.
Se pegarmos o assunto modelagem, vemos o quanto podemos modelar o que pensamos, o que usamos como defesas e ou ataques para nossa defesa. Tudo é moldado, tudo é desenvolvido, amadurecido, produzido na nossa mente. Assim, Romanos nos adverte a cuidar com o que temos na mente e nos chama à renovação.
Se pegarmos o assunto colagem, podemos usar textos que nos incentivam a “colar” a Palavra nos umbrais, lembrar dela enquanto estamos caminhando, ensinando e nos cercar com a Palavra.
Penso que cada tipo de arte remete a Deus, e nessa ideia, lembro da passagem que diz que tudo está visto por Ele, nada lhe está oculto, Hebreus 4:
“E não há criatura alguma encoberta diante dele; antes todas as coisas estão nuas e patentes aos olhos daquele com quem temos de tratar.”
Viver é um constante esmagar, refazer, remodelar, recomeçar. Também é uma história de sofrer, chorar, desiludir-se, misturar-se, contaminar-se, colar-se e adaptar-se ao novo “molde” ou lugar de viver. E mesmo que não haja concordância com o novo, a resistência também é uma resposta à transformação, mesmo que seja a própria resistência, assim como é mais difícil rasgar e esmiuçar um papel mais grosso, pois oferece mais resistência.
Eu quis modelar uma jardineira e usei para isto uma das minhas formas de vela que mais gosto!
O outro formato é um caderno, com aparência de antigo, rústico, rasgado. A vida não é perfeita, mas é única e os dias tem tempo determinado para existirem e terminarem, por isso, o aproveitamento deveria ser ao máximo!
Reescrever, decorar, desenvolver! Artesanal e Único, como o próprio ser humano, que dele não existe igual.
E, fazendo a analogia, sabemos que um dia se olhará para trás e se verá que toda a dor e sofrimento não nos derrubaram para sempre. E, aquele que crê e creu, conheceu e conhece a Palavra de Deus, sabe que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus!
Viver a vida, com certeza, traz dor e sofrimento, decepção e desgosto.
Acalmo o meu coração e me alegro com a identidade, com a particularidade, com a alegria de saber que, na presença do Senhor, vivo os talentos que Ele me deu, das lições que Ele permitiu, para que eu pudesse viver a alegria do imaginar arte para pregar a Palavra!
Lembrei das pedras, que contém cristais, seus conteúdos preciosos, escondidos, porém, maravilhosos! Pedras quebradas mostram seus brilhos e pedras inteiras deixam apenas o brilho das outras aparecerem, para somente as outras fazerem diferença…
Não é preciso fugir dos momentos de dor, mas confiar. Medo, todos temos, mas o medo traz preocupação, e afasta a fé e a segurança na obra que o Senhor está fazendo em nós. Estejamos desafiados a viver o que buscamos: plenitude, mesmo que…
Um forte abraço e até o próximo resumo de estudos!